Na ambiciosa intenção de manter o sonho de um império megalomaníaco, o “Sacro Império Romano” foi fundado na Europa por um Rei Germânico chamado Otão I, que subiu ao trono em 936 e sonhava reviver as glórias do antigo império romano, tal qual fez Carlos Magno pouco menos de dois séculos antes, em 800. Claro que ele fez tudo isto com conquistas e territórios significativamente mais tímidos dos que os das eras douradas dos romanos dos “antes e depois” de cristo. O S.I.R Europeu, produziu santos em um ritmo frenético, exatamente na mesma velocidade que hoje produzimos celebridades, aliás, foram os santos as primeiras “celebridades” da história. (Imaginem uma Santa Britney Spears).
Muitos anos depois, após quase toda Europa ter se adaptado as demandas por novos sistemas de poder (uma vez que os tempos de amarrar cachorro com lingüiça já haviam se findado), eis que um país insistia de forma patética em dizer amém aos desmandos da “Santa Igreja Católica”. Estamos falando de Portugal, que se abraçou a esta idéia falida por pura preguiça de promover as mudanças políticas e sociais que sua terra e povo exigiam. Sendo eles, os portugueses os últimos a abolir as atrocidades da “santa-inquisição”. Por falar em santa inquisição, seria como se hoje tivéssemos a “santa-bomba-atômica”, que possuiria salvo conduto em mandar para o limbo qualquer país, povo ou etnia em nome de “Deus”.
Em épocas de explorações, descobrimentos e grandes navegações, quis o destino que Portugal enviasse Cabral para estas lindas “terris brasílis” e reproduzisse aqui sua teimosia preguiçosa. Nosso país, que poderia muito bem ter sido povoado por Holandeses, Ingleses, ou gente mais culta que havia por aquela época (com a exceção dos espanhóis carolas), poderia ter se tornado um país no mínimo mais produtivo. Esta afirmação se fundamenta na herança religiosa, e não na cultura cegamente extrativista dos portugueses da época colonial.
Nossa produtividade hoje, é limitada frente aos inúmeros feriados religiosos do calendário brasileiro. segunda-feira próxima, dia 12, eis que teremos mais um (não é dia das crianças, mas sim, feriado de Nossa Senhora de Aparecida, para os que não sabem). Empreendedores país a fora, prestadores de serviço, industriários, enfim, toda cadeia que depende dos dias úteis para o sustento, apoiariam uma redução na quantidade de feriados, mas, será que os Joãos, Pedros, Marias, e outras pessoas sem crachás, todas desejosas por mais qualidade de vida e momentos de ócio não apoiariam o contrário?
Paradigmas entre produtividade e ócio a parte, a verdade é que tudo ficará como está. Continuaremos celebrando nossos feriados religiosos com muita fé!!! Só não se sabe fé em que... Se no santo ou no churrasco, se nos milagres ou na cerveja.
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